De manhã a mulher acordada
Chorava sua sina
Esculpida na solidão humana
De um existir sem esperança
O arquiteto do destino
Já não se importava
Se para ela se passavam noites e dias
Num caminhar moroso de desalentos
O relógio corria como vento
Sem dar importância aquela vida
Creptada em chamas de feridas abertas
Estabelecendo uma hierarquia de idades
Destino traçado no mapa
De memórias e experiências
Fotografia amarelada pelo tempo
Estancado numa brevidade nua
((Myriam Valentina))
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