Beijei teus lábios e senti a doce cicuta dos poemas
Amei tua pele lógica e de inconstâncias
Você me desejou. Sou tua antítese
Curvei-me e senti tua crueldade
Desenhei-te em folhas brancas
Na página ficou o negro das letras
Te dei forma e constância
Cai como pássaro azul
Do céu ao inferno banida
Numa queda inexpressiva
Tornei-me perplexa e confusa
A história escorreu na pedra do acaso
Como bicho fome repete o instinto
Caminha com imaginação na superfície do papel
Que fúria te assola as costas áridas?
Palavras já se tornaram desnecessárias
Juras de amor feitas de futilidades
O lençol de seda manchado de lágrimas
Era um modo de calar meia verdade ou falsas mentiras
~Myriam Valentina~
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